terça-feira, 9 de agosto de 2011

Uns vão, outros vêm

Enquanto uns se vão, com a atrocidade, a brutalidade e a velocidade um raio.
Outros logo vêm, com a leveza e a doçura da delicadeza.

Enquanto uns se vão, sem lastros, com marcas, desprovidos da lembrança.
Outros logo vêm, com simpatia e alegria, carregados de esperança.

Enquanto uns se vão, disfarçados e dilacerados.
Outros logo vêm, imunizados e despreocupados.

Enquanto uns se vão, aliviados da dor.
Outros logo vêm, floridos de amor.

Enquanto uns se vão, para plagiar ou desviar.
Outros logo vêm, para encaixar até calcar.

Enquanto uns se vão, com todos os seus contrapontos.
Outros logo vêm, recheados de reencontros.

Enquanto uns se vão, sem pensar no futuro.
Outros logo vêm, fincam antro maduro.

Enquanto uns se vão, com a melancolia de um passado distante.
Outros logo vêm, de um passado presente e constante.





Porque, como no trânsito caótico de ontem:
o lado vermelho vai, mas o branco vem.

Um comentário:

  1. "Esquece. Não vou atrás de ninguém. Não mais. Ontem eu quis desesperadamente a sua companhia lá naquele banco da praça, quis ficar ali com você a noite toda se pudesse. E quando fui embora pensei em te ligar, dizer pra voltar amanhã, vir me fazer sorrir. Mas não. Hoje eu acordei e pensei que seria melhor não, eu não quero me apegar em ninguém, não quero precisar de ninguém. Quero seguir livre, entende? mesmo que isso me faça falta, alguém pra me prender um pouquinho. Vou me esquivar de todo sentimento bom que eu venha a sentir, não levar nada a sério mesmo. Ficar perto, abraçar de vez enquando, sentir saudade, gostar um pouquinho*. Mas amar não, amar nunca, amar não serve pra mim. Prefiro assim!" CFA

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