segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Choro

Hoje eu acordei com uma vontade inóspita de morrer. Têm sido, esses dias, mais difíceis que os outros. Sabe quando a sua cabeça não aguenta mais a sua mente, e a sua mente não aguenta mais a sua alma, e a sua alma não aguenta mais o seu corpo, e o seu corpo não aguenta mais o seu peito, e o seu peito não aguenta mais a dor? É, estou assim, despindo-me de mim, despedindo-me de ser. Não sei o que quero mais, não sei se eu quero mais, não sei o que mais quero. Não sei se aguentaria carregar comigo tudo isso que se passa aqui, não sei se eu fugiria ou ficaria. Hoje eu não sei de nada, sei lá se soube um dia.

Insisti em acreditar que tudo não passasse de um pesadelo, o pior deles, mas hoje só me resta levantar. Não consegui. Não há mais para onde caminhar, não há mais esperança em acreditar. As lágrimas, agora, fazem parte dos meus dias. Já falei de tentar, de me tentar e de todas aquelas outras coisas lindas e tristes que eu já escrevi. Mas nunca imaginei que sofrer me faria sofrer tanto e que um dia eu iria querer livrar-me de mim mesmo como hoje eu quero. Demasiadamente. Estou livrando-me mim, do meu outro e enfiando uma faca brutalmente no meio do meu peito para arrancar essa dor. Agora o sangue jorra no chão e, logo eu, que fui obrigado a prometer um milhão de vezes que iria morrer depois, acabei partindo antes. Eu simplesmente parei, choquei, paralisei. Morri vivendo. Chorei.

2 comentários:

  1. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá. vem pra cá.

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