sábado, 17 de dezembro de 2011

Tempo de passagem

É tempo de passagem, é tempo de espera. É tempo de renascer, reviver, rejuvenescer e pensar que, antes do verão, ainda há uma primavera inteira pela frente. E novamente sozinho, ou não, ainda não sei, mas que venha. E que seja doce, que seja dócil, que seja fértil, e que tenha uma estrada amarela e florida, como a estação mais bela, e que tenha filmes, pipocas e algodões-doces, como a velha infância, e que tenha vida, e que tenha vinhos, e que tenha amigos, tantos, e que venha a areia escaldante nos meus pés quase negros e inchados, estou de passagem, e que venha o verão, e que eu saia do sertão, a gente, e que haja um caminho bem manso e tranquilo, como os teus olhos em brasa, e um final bem quente e vermelho, vivo, como a parede da tua casa.

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