domingo, 25 de março de 2012

Foi-se o fim: está apenas começando

Era um fim. Mas eu sabia, no fundo, que poderia ser começo. Um (re)nascer, um (re)viver, um (re)erguer-se. Rejuvenescer-se em si. Vida. Fonte. Juventude. Aceitar-se e entregar-se. Um feitio de desfeitas, um roteiro sem nexo, um baixio da alma. O fundo do poço, o destino de tudo, o amor sobretudo. Sigo em frente, contudo. O final se apresentando como início. O início sendo-se inteiro, e pleno, e novo. De novo. Sendo-se belo, e genuíno, e transparente. Possível como nunca imaginei. O outono que chega, o inverno que espera, o verão que se esvai. Primavera me acalma, antro negro deságua, estações sem demora. Sem hora, sem tempo e sem glórias. A minha vida é agora, eu sei. 

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